Insônia pode afetar o sistema imunológico
- 2 de março de 2017
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Causas, sintomas, consequências e tratamento
Insônia é a dificuldade de iniciar ou manter o sono ou ainda a percepção de um sono não reparador, com prejuízo na atividade social e/ou profissional. Devido ao grande número de pessoas atingidas e às suas repercussões, a insônia torna-se um problema de saúde pública. Na maioria das vezes a insônia está relacionada a uma redução da quantidade de horas necessárias para um sono satisfatório.
Sabemos que não existe apenas um tipo de insônia mas vários tipos de “insônias”. Elas geralmente decorrem da interação de diversos fatores como predisposição genética, fatores físicos, biológicos, mentais, psicológicos e sociais. Podem ser agravadas por outros distúrbios do sono como SAHOS (Síndrome da Apnéia Hipopnéia Obstrutiva do Sono), Síndrome das Pernas Inquietas e Parassonias.
Também podem ser causadas ou agravadas por outras condições como Depressão, Transtorno da Ansiedade, Fibromialgia, Dor Crônica, Distúrbios Metabólicos Hormonais (por exemplo, doenças da tireóide), algumas medicações e substâncias (estimulantes, benzodiazepínicos, bebidas alcóolicas). Em algumas situações a insônia é primária. Muitos pacientes com Insônia Idiopática (sem causa aparente) relatam dificuldade para dormir de início ainda na infância.
Na maioria dos casos a insônia é do tipo psicofisiológica, na qual estão envolvidos fatores predisponentes, como um nível aumentado de alerta e vigilância, mesmo durante a noite; fatores desencadeantes como mudança de trabalho, perda de ente querido, situações familiares e pessoais de conflito, etc; e fatores perpetuadores como a manutenção de hábitos inadequados em relação ao sono (horário irregular de ir deitar, ficar assisistindo TV ou usar computador e celular até tarde da noite).
Existe também a insônia paradoxal, que consiste em uma má percepção do estado de sono, ou seja, a pessoa queixa-se de dormir pouco, mas a polissonografia não constata anormalidades.
Características e Sintomas
A grande maioria dos casos de insônia pode ser caracterizada como insônia inicial que se caracteriza pelo aumento da latência do sono, ou seja, aumento do tempo que o indivíduo demora para iniciar o sono. Também é muito freqüente a insônia de manutenção onde ocorre o aumento dos despertares durante a noite.
A insônia terminal é um pouco menos comum e se caracteriza pelo despertar precoce, quando o indivíduo acorda muito antes do horário que desejaria, mas não consegue voltar a dormir. Alguns pacientes com insônia queixam-se na realidade da qualidade de seu sono, ou seja, mesmo dormindo uma quantidade de horas considerada satisfatória, estes indivíduos têm a sensação de que o sono não foi reparador.
A quantidade ideal de horas de sono é uma característica individual. A maioria das pessoas sente-se satisfeita após cerca de 7 a 8 horas de sono, porém o que define se a pessoa dormiu satisfatoriamente é o estado em que ela se encontra no dia seguinte. Geralmente os pacientes com insônia apresentam-se cansados, mal-humorados, sonolentos ou com sensação de “atordoamento”. Muitos, mesmo sonolentos, não conseguem dormir durante o dia.
Conseqüências da Insônia Crônica não tratada
A insônia crônica pode resultar em distúrbios da memória e concentração, ansiedade, depressão, irritabilidade, sentimento de insatisfação constante, baixo rendimento profissional, prejuízo do convívio social e aumento do risco de acidentes com veículos automotores.
A insônia crônica ocorre quando o indivíduo apresenta sintomas como dificuldade para pegar no sono ou continuar dormindo, de forma frequente e por tempo prolongado. Suas causas podem ser muito variadas e o seu tratamento pode ser feito através de bons hábitos antes de dormir e por vezes com a toma de remédios indicados pelo médico.
Causas da insônia crônica
As causas da insônia crônica são muito variadas, mas algumas delas são:
- Higiene do sono precária como muita claridade no quarto, excesso de estímulo poucas horas antes de ir dormir e não respeitar o horário de dormir;
- Transtornos psiquiátricos como ansiedade e/ou distúrbios de humor que fazem o indivíduo permanecer em estado de alerta por longos períodos;
- Ter que ficar muito tempo acordado por motivos educacionais ou profissionais.
Muitos pacientes não conseguem identificar a causa da sua insônia, e além disso a queixa principal pode variar, dificultando o tratamento e por isso é importante o acompanhamento médico.
Tratamento para insônia crônica
O tratamento para insônia crônica pode variar de um indivíduo para o outro. Além de seguir algumas orientações importantes como manter hábitos saudáveis do sono e evitar alimentos e situações estimulantes após as 17 horas, o médico poderá aconselhar a toma de medicamentos
Estes medicamentos podem ser utilizados em baixas doses diariamente por um período de aproximadamente 6 meses, e depois o médico poderá iniciar o “desmame”, diminuindo gradativamente a dose do remédio para que não haja um efeito rebote e o indivíduo volte a sofrer de insônia após o tratamento. Contudo, o médico poderá decidir utilizar outros medicamentos ou indicar estes por um período de tempo maior ou menor, dependendo da necessidade que o indivíduo apresenta.
Quando a insônia crônica é causada por distúrbios psicológicos como ansiedade generalizada ou transtornos de humor, as sessões de psicanálise poderão ser úteis para tratar a causa da doença e não somente os sintomas. As sessões deverão ser realizadas 1 vez por semana e não exclui a necessidade do uso de medicamentos.
Outras terapias que também podem ser úteis para o tratamento da insônia são:
- tomar 1 taça de vinho tinto antes de ir dormir ou
- tomar um medicamento anti-histamínico, que têm como efeito colateral o aumento do sono.
Estas terapias são geralmente as primeiras a serem utilizadas sem o conhecimento médico e podem ser eficazes em alguns casos de insônia, mas quando se trata de insônia crônica elas podem não ter o efeito esperado.
fonte:
http://www.polisono.com.br/disturbios-sono/tratamento-insonia.asp
https://www.tuasaude.com/insonia-cronica/…