Quando um luto prolongado pode virar depressão
- 2 de março de 2017
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Perder um ente querido não é fácil, muito menos quando a chamada ‘lei da vida’ faz com que o filho morra antes da mãe ou ainda, depois de décadas de casados, a esposa perde o marido, pessoa a quem ela dedicou sua vida. É nesse momento que o luto pode virar depressão. Para o psiquiatra Lucas Spanemberg, o critério de tempo em que a pessoa está vivendo o seu luto não é importante para definir a diferença de luto e depressão. “Há livros que falavam em seis meses, outros autores em um ano. Atualmente não há um período normal de luto, mas a gravidade, a intensidade e a disfuncionalidade que o luto causa é importante para determinar se o que a pessoa está passando é luto normal ou processo depressivo,” salienta.
Quando uma pessoa perde o cônjuge depois de 40 anos de casados, por exemplo, é normal um luto prolongado. Por outro lado, quando a pessoa deixa de fazer suas atividades, se torna psicótica, para de trabalhar, de se relacionar, é considerável luto patológico, podendo necessitar de tratamento após avaliação médica.
É considerado depressão quando a pessoa apresenta sentimento de tristeza profunda prolongada ou perda de prazer e interesse nas atividades habituais. Os sintomas somáticos ou psíquicos como insônia, perda ou alteração de apetite, sentimento de vazio ou inutilidade, ideia de morte ou aniquilamento, perda de autoestima ou o sentimento de culpa duram mais de duas semanas. Já o luto depende da qualidade da relação ou do tempo que ela se estabeleceu. Pais que perdem filhos, principalmente crianças, passam por um luto mais prolongado e dificilmente se tornam patológicos. Perdas agudas como acidentes, mortes violetas são lutos que tem mais chances de virarem depressão. Por outro lado, perdas mais arrastadas como doenças crônicas são lutos que evoluem melhor, porque o familiar já está mais preparado para a situação.
“Sempre que houver reação aguda de perda é importante que um familiar possa ter a sensibilidade de aborda-la no sentido de procurar ajuda, para que o luto não evolua para uma doença. Quando o luto se torna uma depressão, à elaboração dele é muito mais difícil. Junto com as doenças cardiovasculares, a depressão é a que mais gera perda funcional e anos de vida perdidos associado ao suicídio”, destaca Spanemberg.
Para o psiquiatra, para evitar a depressão é preciso manter a vida ativa. “Quanto mais ágil for a nossa vida, menos a gente vai sentir a perda. É preciso viver a vida em todo o seu dinamismo. Ter uma vida funcional, social, que tenha sentido e significado. Investir em quem está vivo é uma orientação importante para superar a perda,” conclui o especialista.
Perder um ente querido não é fácil, muito menos quando a chamada ‘lei da vida’ faz com que o filho morra antes da mãe ou ainda, depois de décadas de casados, a esposa perde o marido, pessoa a quem ela dedicou sua vida. É nesse momento que o luto pode virar depressão. Para o psiquiatra Lucas Spanemberg, o critério de tempo em que a pessoa está vivendo o seu luto não é importante para definir a diferença de luto e depressão. “Há livros que falavam em seis meses, outros autores em um ano. Atualmente não há um período normal de luto, mas a gravidade, a intensidade e a disfuncionalidade que o luto causa é importante para determinar se o que a pessoa está passando é luto normal ou processo depressivo,” salienta.
Quando uma pessoa perde o cônjuge depois de 40 anos de casados, por exemplo, é normal um luto prolongado. Por outro lado, quando a pessoa deixa de fazer suas atividades, se torna psicótica, para de trabalhar, de se relacionar, é considerável luto patológico, podendo necessitar de tratamento após avaliação médica.
É considerado depressão quando a pessoa apresenta sentimento de tristeza profunda prolongada ou perda de prazer e interesse nas atividades habituais. Os sintomas somáticos ou psíquicos como insônia, perda ou alteração de apetite, sentimento de vazio ou inutilidade, ideia de morte ou aniquilamento, perda de autoestima ou o sentimento de culpa duram mais de duas semanas. Já o luto depende da qualidade da relação ou do tempo que ela se estabeleceu. Pais que perdem filhos, principalmente crianças, passam por um luto mais prolongado e dificilmente se tornam patológicos. Perdas agudas como acidentes, mortes violetas são lutos que tem mais chances de virarem depressão. Por outro lado, perdas mais arrastadas como doenças crônicas são lutos que evoluem melhor, porque o familiar já está mais preparado para a situação.
“Sempre que houver reação aguda de perda é importante que um familiar possa ter a sensibilidade de aborda-la no sentido de procurar ajuda, para que o luto não evolua para uma doença. Quando o luto se torna uma depressão, à elaboração dele é muito mais difícil. Junto com as doenças cardiovasculares, a depressão é a que mais gera perda funcional e anos de vida perdidos associado ao suicídio”, destaca Spanemberg.
Para o psiquiatra, para evitar a depressão é preciso manter a vida ativa. “Quanto mais ágil for a nossa vida, menos a gente vai sentir a perda. É preciso viver a vida em todo o seu dinamismo. Ter uma vida funcional, social, que tenha sentido e significado. Investir em quem está vivo é uma orientação importante para superar a perda,” conclui o especialista.
fonte:
www.simers.org.br/2016/03/quando-um-luto-prolongado-pode-virar-depressao/……/